NV: você pode não amar, mas tem que respeitar

O varejo brasileiro suplicava por uma NV. A moda brasileira vinha de anos 2000 muito felizes com labels como Osklen e Fórum, que deixaram suas marcas eternizadas na história da moda brasileira. Mas a verdade é que estávamos em jejum de algo realmente bom, com potencial e diferencial pra fazer história no presente e deixar um legado para o futuro. A NV chegou pra preencher todo esse vazio, chegou ocupando todos os espaços. Mercado, economia e público precisavam da NV. E o mais engraçado é que talvez nem soubessem disso.
Natalia Vozza é o nome dela. Dela marca. Dela pessoa. Dela potência. A influenciadora dispensa apresentações, está há mais de 10 anos sempre à frente do seu tempo (por mais paradoxal que isso possa soar).
Já a marca…também dispensa apresentações. As peças de corte impecável combinadas com uma cartela de cores mais ainda são pontos diminutos demais perto do ecossistema diferenciado que consegue entregar.
“A NV faz tudo”, diria o meme da internet que eu adaptei. Do atendimento ao posicionamento, do ponto de venda ao estilo de vida, do marketing até a comunicação humanizada, NV é tão moda quanto hub de ensino, porque nos coloca de frente para inúmeras lições de negócio importantes que faria o PowerPoint de muitos chorar. São lições atuais. Atemporais.
Entre tantos detalhes que se transformaram em uma marca de 210 milhões que fatura 2 milhões em 10 dias na pandemia do século, impossível não destacar os três principais motivos que a trouxeram até aqui.
1) A NV É O SEU PÚBLICO. EM TODOS OS SENTIDOS DESSA FRASE. H2H LEVADO AO LIMITE.
2) NÃO EXISTIU TRANSFORMAÇÃO DIGITAL. JÁ NASCERAM ASSIM. JÁ NASCERAM AQUI.
3) ROUPA FEITA COMO MANIFESTO. VESTIR NV QUER DIZER VESTIR SUCESSO. NÃO. NÃO O SUCESSO DA MARCA, MAS DE QUEM USA. É AUTOCONFIANÇA QUE EXALA.
Por tudo isso, é claro que você não precisa amar a NV, sobretudo porque ela carrega as bênçãos e as dores de trocar ativos com a Natália Vozza. Mas, de novo, por tudo isso, ” apenas isso”, você tem que respeitá-la.
E se não respeitar, se proponha a entregar algo melhor pro mercado. Aí, a gente conversa.