Sobre o casamento da Lala Rudge em Firenze

Se você achou que encontraria um conteúdo falando mal do casamento de alguém, está muito enganado. Sobre casamentos, mulheres grávidas e filhos dos outros, a gente não emite opinião, apenas respeita.

Hoje o assunto é seríssimo (contém ironia), é tudo que a audiência quer saber:

Como o cartão de crédito das influenciadoras aguenta tantas viagens?

A gente tira um cochilo no domingo e elas se multiplicam em Firenze, enquanto nós nos preparamos por 1 ano e temos um infarto antes do embarque, na compra de um pão de queijo de 50 reais, o que já nos faz repassar o orçamento da viagem e nos perguntar se vai dar até o último dia. Acaba que sempre dá, mas se um almoço envolver McDonald’s e se um amigo abençoado nos convidar para turistar algum dia e tivermos garantido passes online.

A Sephora, aliás, já viu mais despedidas tristes do que aeroportos. Qual adulto nunca disse pra si “na volta a gente compra?” Mas elas não. Elas viajam, tiram dias sabáticos e dormem em euro, acordam comendo batata de 37 euros, jantam pasta com trufas e ainda trazem estoque do produto preferido pro Brasil. É digno da gente como espectadora querer mesmo colocar botox.  Choca, dá riso e ruga. E chegam dizendo “não vale mais a pena comprar bolsa de marca lá fora”. E assim garantem a meta batida dos vendedores do CJ.

Enquanto a gente faz planos de conhecer o Beach Park e ir pra Búzios, a Lala casa-se em Firenze, com assustadora presença de 95% de convidados. Mais chocante do que o investimento dos presentes, é pensar que os nossos amigos reclamam de Uber que dá mais de R$30.

Mas as amigas da Lala estão lá, investindo um carro popular. Eu quero ficar rica assim, com amigas igualmente generosas. E novamente paira a curiosidade – se eu tenho dificuldade de levar dois casacos na mala, como esses vestidos obra de arte chegaram até Firenze?

É tão surreal que eu só soube que estava no Ig e não na Netflix por obra do destino. Lala Rudge está fazendo história em Firenze como a gente fez, lá atrás, com festa de 10 anos com DJ.

“Esse casamento em Fireze” é pra ser feliz junto. Porque eu acho que a Internet está aí para isso: nos ensinar, fazer gargalhar e sonhar. Muito.